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Nação Valente e ... Remendada!


Bruno Varela, Ricardo Esgaio, Edgar Ié, Tobias Figueiredo, Fernando Fonseca, Tomás Podstawski, Sérgio Oliveira, Bruno Fernandes, André Martins, Carlos Mané e Salvador Agra.

Podíamos estar a falar actualmente(o futuro o poderá alterar) de um 11 inicial de sonho de qualquer equipa de meio da tabela do campeonato português, mas infelizmente para Rui Jorge foi este o melhor onze que conseguiu escalar para defrontar a Alemanha nos Quartos-de-Final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.


Sem grande surpresa, Portugal saiu vergado a um 4-0 e a esperança que tinha sido dada pela vitória inicial frente à Argentina, com sequência na vitória frente às Honduras e consequente apuramento, desvaneceu-se na qualidade e frieza alemãs.

Rui Jorge é um excelente seleccionador (a última derrota no tempo regulamentar remontava a 2011 frente à Russia) e é talvez por isso que merecia mais e melhor plantel para encarar estes Jogos Olímpicos com a legítima ambição de fazer história. Mas não foi isso que aconteceu, já todos sabemos da dificuldade em juntar 18 (até nisto é mesmo a pedir que dê problemas) jogadores com a responsabilidade de representar Portugal nas Olimpíadas. Até porque se olharmos para a totalidade dos jogadores Sub-23 de nacionalidade Portuguesa, vemos que numa situação "normal" teríamos um elenco de luxo ao dispôr de um seleccionador que tão bem tem dado conta de si e dos seus atletas.

Esta "guerra" entre FIFA e COI está a prejudicar o Futebol mais do que a beneficiar. Não vai acabar com o desporto e daqui a meia-dúzia de meses já ninguém se vai lembrar disto, quando os campeonatos estiverem a todo o gás. Mas que interessante que seria se todas as selecções tivessem de facto levado todos os seus melhores jogadores disponíveis. Rui Jorge enfrentaria de frente e com legítima ambição toda e qualquer selecção que lhe aparecesse pelo caminho. 

Assim não, fomos uma nação valente, mas demasiado remendada para assumir uma candidatura, este último jogo contra a Alemanha foi como tinha de ser, muito esforçado, com os jogadores carregados de problemas musculares...e com um duro choque de realidade no muro alemão que nos trouxe do sonho à realidade.

Obrigado rapazes, não dava para mais!